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Endometriose intestinal

A endometriose é uma das doenças ginecológicas mais comuns e uma das grandes causas de infertilidade. É uma doença tratada de sobremaneira pelo médico Ginecologista, mas em alguns casos a doença pode acometer alguns órgãos específicos, como intestino e bexiga, sendo necessária a intervenção de outros especialistas, como o cirurgião colorretal e o urologista, por exemplo, para auxiliar no tratamento da paciente.

O tratamento da endometriose intestinal é indicado para sintomas gastrointestinais inespecíficos (por exemplo, sangramento retal, constipação, inchaço) somente se outras etiologias desses sintomas tiverem sido excluídas.

Após o diagnóstico de endometriose intestinal ter sido confirmado nem sempre a cirurgia é necessária, uma vez que existe a possibilidade de tratamento clínico medicamentoso, devendo a cirurgia ser reservada para casos mais complexos ou sem resposta ao tratamento clínico, pois obviamente carrega consigo os riscos relacionados a qualquer procedimento cirúrgico. Vale citar também que, em alguns casos, pode-se lançar mão da cirurgia não especificamente como tratamento, mas sim como método diagnóstico para confirmar a existência da doença, através de uma laparoscopia diagnóstica. O tratamento da endometriose intestinal é indicado para sintomas gastrointestinais inespecíficos (por exemplo, sangramento retal, constipação, inchaço) somente se outras etiologias desses sintomas tiverem sido excluídas.

Uma vez indicada a cirurgia com objetivo de tratamento, o tipo de procedimento vai depender da localização e da profundidade do foco de endometriose na parede intestinal e tem como objetivo bem claro resolver os sintomas da paciente. Os parâmetros a serem considerados no pré-operatório são localização, tamanho e grau de infiltração dos focos endometrióticos na parede intestinal. De posse desses indicadores, a cirurgia poderá consistir em uma raspagem da lesão presente no intestino, o que damos o nome de “Shaving” quando não há muito acometimento em termos de profundidade na parede intestinal. No caso de lesões mais infiltradas na parede do intestino grosso, mas que não envolvem mais de 50% da sua circunferência, a lesão pode ser retirada em sua espessura total por meio de grampeadores especiais juntamente com o segmento da parede intestinal acometido, o qual dá-se o nome de ressecção em disco ou discóide. No caso de lesões mais profundas e que envolvem a maior parte da circunferência do intestino poderá ser necessária a ressecção de todo o segmento intestinal doente (Retossigmoidectomia) e realização de uma emenda (anastomose) com o intestino saudável.

A via de acesso ao abdome, sempre que possível, deverá ser feita pela abordagem minimamente invasiva, por meio da laparoscopia ou, mais recentemente, com o uso da plataforma robótica.

 

 

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